quinta-feira, 2 de maio de 2019
Solte o que te fere!
"Quando você se agarra ao espinho, você perde a beleza da flor."
Muitas vezes passamos por situações dolorosas com as pessoas que amamos, lutamos, lutamos e durante toda essa luta os nossos pensamentos são “Não, eu não passei por isso tudo e cheguei até aqui para desistir não”. E então, você continua lutando mesmo sem forças. Nós esquecemos que é melhor soltar o que nos fere e sofrer com a recuperação do que continuar caída no chão e lutando por quem não merece.
Quando foi que você se esqueceu de você? Quando foi que esqueceu a pessoa maravilhosa que você é? Procure dentro de si essas respostas, talvez você não as encontre, mas acima de tudo quando foi que sua prioridade se tornou sofrer por uma pessoa? Passa, tudo passa, pode até não passar, mas com o tempo vai amenizando, primeiro você vai se sentir uma pessoa livre, independente e que se soubesse como estarei bem sem a pessoa já teria soltado ela antes, mas com o passar dos dias as rotinas vão te atormentar, a saudade vai chegar de fininho e você vai começar a se perguntar se fez o certo em ter soltado o que estava te ferindo, vai começar a se perguntar como uma pessoa que te feriu tanto ainda continua fazendo tanta falta, mas é porque seu sentimento era puro e o dele sujo, era porque você estava disposta a oferecer amor, mas não percebeu que a pessoa só estava disposta a receber, e começamos a nos esvaziar de tudo, esvaziar de nossos sentimentos, porque tudo que tínhamos depositamos na “caixinha” da outra pessoa e nunca obtivemos retorno e recompensa, e aí chega o dia em que você se pergunta: “Por que não consigo me soltar dele? Por que ele é a cura para a dor que ele mesmo me causa?”.
Mas, você acha que sofrer é melhor que se recuperar porque quando você sofre você sabe que depois que ele te feriu ele vai se redimir e “amar você”, mas a recuperação não, você sabe que vai acabar culpando a si mesma por ter deixado ir quem te feriu, sabe por quê? Porque agora você está sozinha e a única pessoa que você tem para amar é você mesma e isso te assusta, porque o ombro quente dele era bem melhor do que teu travesseiro molhado.
Mas, passa e você um dia vai acordar diferente e pensar “Não dói mais, não dói tanto”, vai conseguir falar sobre isso sem chorar e perceberá que agora você é a fonte de “cura”, você agora é a “testemunha” para ajudar quem está passando pelo mesmo que você um dia passou.
Eu odeio quem me fere, eu odeio quem me machuca, mas eu sempre amei a forma como tudo isso me fez crescer, como tudo isso me mostra cada vez mais como enfrentar a dor que a vida sempre disponibiliza para meu amadurecimento.
A ferida sangra, dói, arde, mas um dia ela fecha e quando você for passar a mão para tirar mais uma casquinha da ferida você vai perceber que ela não está mais lá, a recuperação é assim, para sarar a gente precisa arrancar aquilo que já está impregnado na gente e isso dói, assusta, mas a gente consegue.
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A Autora

“Nunca irei ser digno do amor dela, porque a esse amor me trato indiferente, é o meu ser que se acolhe e se almeja, querendo um dia ter aquilo que nunca irá lhe pertencer… não me culpo, pois a um boboca o amor foi retribuído e a um nobre foi claramente renegado."
Bia Figueiredo
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