segunda-feira, 24 de março de 2014
Querido James.
É com lágrimas nos olhos que te escrevo essa carta, eu não sei como anda sua vida ou se algum momento pensou em mim, mas é que minha vida paralisou na sua presença, a sua ausência me mata, é como se a cada segundo eu levasse uma facada no peito, eu não deveria ter chorado tanto, eu queria me esvaziar, mas me esvaziar do quê? Do meu próprio vazio? Não gosto nada dessa ideia de amar alguém, tenho a sutil impressão que nasci destinada a sofrer, não tenho sorte em nada, sou muito azarada, nada me pertence, nasci para pertencer e sofrer por alguém, infelizmente esse alguém é você, sei que a culpa não é sua, obviamente é minha, sempre a culpa é minha, talvez meu erro fosse querer demais, mais quem sabe um dia, talvez em um dia, eu posso viver minha vida sem ter que chorar toda a noite pela a sua ausência, quem sabe um dia eu tenha forças suficientes para catar os pedaços do meu coração, isso vá, ficarei aqui com minhas lágrimas nas mãos vendo você ir embora.
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A Autora

“Nunca irei ser digno do amor dela, porque a esse amor me trato indiferente, é o meu ser que se acolhe e se almeja, querendo um dia ter aquilo que nunca irá lhe pertencer… não me culpo, pois a um boboca o amor foi retribuído e a um nobre foi claramente renegado."
Bia Figueiredo
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